segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Fé e oração são a base do êxito do engenheiro católico que fez perfuração de resgate dos mineiros chilenos

HOUSTON, 14 Out. 10 (ACI) .- Greg Hall é o dono da empresa Drillers Supply International, responsável pela perfuração que permitiu o resgate dos 33 mineiros soterrados em uma jazida chilena. Este engenheiro norte-americano, que se confessa um devoto católico, assegura que a fé para superar os obstáculos e a oração cotidiana foram as chaves do êxito de sua missão.

Hall, que no dia 12 de fevereiro será ordenado diácono permanente, expressou sua emoção à cadeia Fox. "Foi um árduo trabalho mas vale a pena porque agora estes 33 mineiros podem se reunir com suas famílias. É impressionante ver como no lugar onde passei tanto tempo e pus tanto esforço estes mineiros estão saindo, é um sentimento maravilhoso", indicou.

A empresa de Hall opera no Chile há mais de 20 anos e se especializa em perfurações em rocha sólida. O Ministério de Mineração do Chile a escolheu para perfurar o túnel de 622 metros pelo qual saíram os mineiros como parte do chamado "Plano B".

O engenheiro explicou que buscou manter-se à margem dos mineiros de maneira afetiva para não perder a concentração em uma tarefa tão complicada, mas sempre recebeu o agradecimento dos familiares no acampamento Esperanza.

Sua esposa Angélica comentou que sentiram o "peso do mundo" sobre seus ombros quando souberam que sua empresa seria a encarregada da tarefa. "Tudo o que sabiam sobre estes procedimentos teve que ser mudado porque era a primeira vez que perfuravam para resgatar vidas humanas. A perfuração tinha que ser muito precisa, muito cuidadosa para que não se originasse um desmoronamento. Foi muito tenso", indicou.

"Mas também foi tudo muito emotivo, envolveu muita oração, muitas capacidades, muito planejamento e preparação, para fazer as coisas o mais perfeito possível", acrescentou.

Hall conserva como lembrança de sua missão uma carta em que os mineiros "basicamente me dizem obrigado pelo Plano B. Obrigado por não desfalecer. É algo que vou entesourar por sempre".

O engenheiro explica que não foi este trabalho aquilo que o ajudou a crescer na fé, mas foi a fé que o sustentou durante este processo que considera "de longe, a tarefa mais difícil tecnicamente para uma perfuração. Esses momentos nos que tudo parecia não dar certo eram momentos para a oração".

PT é furiosamente abortista e moralmente amoral, denuncia Dom Manoel Pestana

SÃO PAULO, 24 Set. 10 (ACI) .- O Bispo Emérito de Anápolis Dom Manoel Pestana Filho em uma carta a José Serra, na qual critica o candidato do PSDB por ter favorecido o aborto quando foi Ministro da Saúde, denuncia também a política "furiosamente abortista" e "desabridamente amoral" do Partido dos Trabalhadores da candidata Dilma Rousseff afirmando que se for eleita, seria uma "catástrofe incontrolável".

O Bispo expressa que as raízes cristãs de Serra não o deixarão "ir tão longe e tão fundo" quando se trata de atentar contra a vida dos não-nascidos. Dom Pestana acredita que há esperança de "conversão" para esse candidato em relação às suas posturas frente à vida, esperança que simplesmente não existe para Dilma e Lula, afirma o prelado.&&

Na missiva enviada por Dom Pestana a José Serra o prelado afirma ter conhecido o candidato "jovem ainda, simpatizante da JUC (Juventude Universitária Católica), num encontro em SP. Parecia-me inclinado à esquerda, um pouco deslumbrado, mas confiável. Acima de tudo com raízes cristãs".

"Mais tarde- continua Dom Pestana- encontrei-o poucas vezes, antes de vê-lo em Brasília, no Ministério da Saúde, quando protestava contra a sua Portaria que abria a porta ao aborto "legal".

Pudemos nos ver em Anápolis, na inauguração da Universidade de Goiás, quando ameaçou, em alta voz, prender o Pe. Lodi (conhecido sacerdote pró-vida) na sua campanha heróica".

"Agora estamos diante de uma encruzilhada trágica, entre o PT, furiosamente abortista e desabridamente amoral, e a sua posição também sanguinária, mas por enquanto mais comedida, porque creio que a sua história e as suas raízes não o deixarão ir tão longe e tão fundo", afirmou Dom Pestana.&&

"Agora não se trata de escolher o menor mal, mas entre uma catástrofe incontrolável e um incêndio limitado". Assim o bispo expressa sua esperança de que o candidato José Serra "se converta porque com Dilma e Lula não creio haver a mínima esperança de conversão", referindo-se às posturas destes políticos em relação à defesa da vida.

"Assim, ao menos a maldição do aborto não se perpetue com o desmantelamento da moral e possamos voltar a tempos melhores, que não me parece que mereçamos, devido ao nosso arrefecimento religioso e à busca desenfreada e imoral de vantagens, com toda espécie de capitulações traidoras", expressou Dom Manoel.

"Resolvi escrever estas linhas devido à minha preocupação pelo futuro desta Pátria tão cheia de maravilhas, talvez um gigante ainda adormecido em berço esplêndido, mas que poderá conhecer dias melhores se tiver filhos dignos, que saibam defender a vida em todos os momentos", conclui a carta do bispo emérito do Centro-Oeste brasileiro.

A Carta na íntegra pode ser vista em:

http://www.providaanapolis.org.br/index1.htm

As seitas: empresas religiosas

A RELIGIÃO COMO ASSUNTO PÚBLICO

Antigamente cada povo tinha "sua" religião. Esta representava a alma do povo e expressava seus valores mais profundos, seus enigmas e aspirações. Qualquer atentado contra a religião era considerado atentado contra o mesmo povo e, portanto, o culpado se fazia merecedor dos maiores castigos.

Na Grécia, por exemplo, o grande filósofo Sócrates foi condenado à morte por um motivo religioso. Ao ensinar os jovens a pensar, os fazia "duvidar" de certas crenças religiosas, o que lhe fez merecer a morte.

PERSEGUIÇÃO

Roma considerava-se tolerante no campo religioso para com todos os povos submetidos. A estes era permitido seguir seus "deuses" desde que aceitassem a superioridade da religião romana, na qual a mesma Roma era considerada divindade suprema.

Quando o general Pompeu (63 dC) anexou a Roma a província da Judéia, apresentou-se o problema religioso, já que os judeus se recusavam a reconhecer outro Deus além de Javé. Contudo, o problema foi logo resolvido pois os judeus não eram proselitistas, sentindo-se satisfeitos por ser apenas eles o "povo eleito". Por essa razão Roma, com facilidade, lhes permitiu que prosseguissem com suas crenças religiosas uma vez que não representavam qualquer perigo para os demais. O problema se tornou complicado quando surgiu o Cristianismo, com uma força missionária considerável. Pareceu para Roma que o Cristianismo poderia representar um sério perigo para o Império já que a nova religião mexia com o fundamento do Estado, representado por sua religião. Assim, respondeu com uma feroz perseguição que durou aproximadamente trezentos anos, com contínuos altos e baixos.

RELIGIÃO OFICIAL

Finalmente, no ano 313 dC, o imperador Constantino decretou a liberdade de culto ao constatar a inutulidade da perseguição, visto que de todos os modos a nova religião prosperava cada dia mais e que transformava seus cidadãos em pessoas honestas e trabalhadoras, patriotas e colaboradoras do progresso.

Tamanho foi o entusiasmo por fazer-se cristão que, em pouco tempo, quase todos os cidadãos romanos se integraram à Igreja, restando poucos seguidores do antigo culto. Estes normalmente habitavam em pequenos povoados afastados da civilização, razão pela qual passou-se a usar a palavra "pagão" (do lat. "pagus" = "aldeia") com o sentido de "não cristão".

Considerando esta nova realidade, logo o Catolicismo foi considerado como a religião oficial do Império. Ruindo este (476 dC), surgiram outros reinos em seu lugar, todos eles adotando o Catolicismo como religião oficial.

Baseando-se no antigo costume de considerar a religião como um assunto público e não privado, pouco a pouco chegou-se a formular o seguinte princípio jurídico: "Cuius regio, eius religio" (=a religião da região será a mesma de quem a governa), segundo o qual o súdito estava obrigado a adotar a religião do rei. Onde o rei era católico, todos estavam obrigados a serem católicos; onde o rei era luterano, todos estavam obrigados a serem luteranos; onde o rei era anglicano, todos estavam obrigados a serem anglicanos etc. Para os que não queriam obedecer, aplicava-se a pena de morte.

LIBERDADE RELIGIOSA

Nas regiões católicas, normalmente não houve maiores problemas a respeito. Houve sim grandes problemas nos países regidos por reis protestantes ou anglicanos. Seguindo o princípio luterano da livre interpretação da Bíblia, logo começaram a surgir grupos de crentes inconformados com a religião oficial, provocando uma forte repressão por parte do governo.

Para escapar à perseguição e poder viver sua fé em paz, muitos emigraram para as colônias inglesas da América do Norte. Estando ali gente que, em geral, estava fugindo da perseguição religiosa, estabeleceram o princípio da liberdade religiosa que, ao se tornar independente os Estados Unidos com relação à Inglaterra, tornou-se lei.

Na Europa, muitos pensadores estavam lutando pela mesma causa. Desta maneira, pouco a pouco o princípio da liberdade religiosa foi se expandindo até se transformar em princípio universal, com raras exceções, especialmente nas regiões muçulmanas.

EXPLOSÃO DAS SEITAS

Até aqui, tudo parece lógico e positivo. O problema surgiu quando passou-se a considerar a religião como qualquer outro "negócio": uma empresa comercial, segundo a oferta e a procura, utilizando técnicas de mercado e tendo o "lucro" como elemento determinante.

Já não importa o sentido da fidelidade à Cristo, ao seu Evangelho e à sua Igreja. O que importa é aumentar o número de fiéis, conquistar o povo e arrecadar o máximo possível de bens.

Obviamente, como em qualquer assunto, não faltam pessoas sérias, que buscam a Deus sinceramente. No entanto, a impressão geral que se tem dos fundadores e dirigentes de seitas é a de que parecem mais empresários do que profetas, mais especializados em psicologia e oratória do que em Bíblia e ascética.

REGRESSO AO SAGRADO

Após o fracasso das ideologias e desencantamento causado pela busca insaciável do prazer, estamos assistindo a um fenômeno geral de seguir o sagrado e o espiritual. Contudo, tal regresso não está se realizando através das igrejas históricas, que se apegam ao racional e revelado, mas vem como resposta do próprio homem a seu anseio de segurança e busca do sentido da vida, em todas as fontes, desde a Bíblia até as religiões orientais, o paganismo, o esoterismo, o ocultismo, a gnose, a psicologia etc.

Por isso, hoje em dia o católico precisa ser mais crítico quanto ao fenômeno religioso, tomando consciência dos riscos que implicam aproximar-se de tal fenômeno sem uma preparação específica a respeito. O fato é que muitos, que a princípio pareciam bem tolerantes no campo religioso, depois de aderirem ingenuamente a algum destes novos grupos, tornaram-se extremamente sectários, fanáticos e ferozmente anticatólicos.

O que teria acontecido se, antes de se envolver cegamente com algum destes novos sistemas religiosos, tivesse conhecido algo a mais sobre a sua própria Igreja? Sem dúvida, não se teria deixado converter-se tão facilmente.

CONCLUSÃO

As seitas não são tão boas quanto parecem à primeira vista ou nos querem dar a entender. Nelas há de tudo: boa fé, busca do sentido da vida, espiritualidade, superação de certas atitudes negativas... porém, ao mesmo tempo, há também o engano, a exploração, a alienação e a busca do poder. Portanto, se realmente estamos comprometidos com o homem concreto, não podemos deixar de fazer uma atenta análise quanto a este fenômeno que, sob o manto de uma profunda religiosidade, esconde os interesses mais variados, às vezes totalmente contrários aos ideais proclamados por suas próprias palavras.


Autor: Pe. Flaviano Amatulli Valente

Fonte: Site - Apologetica.Org

Tradução: Carlos Martins Nabeto

Astrologia - horóscopo?

A astrologia pretende definir as peripécias da vida humana a partir da posição ocupada pelos astros na ocasião do nascimento da respectiva pessoa. Ora tal "ciência" é falsa por diversos motivos:

- baseia-se na cosmologia geocêntrica de Ptolomeu; conta sete planetas apenas, entre os quais é enumerado o Sol;

- a existência das casas do horóscopo ou dos compartimentos do zodíaco é algo de totalmente arbitrário e irreal;

- os astros existentes no cosmo são quase inumeráveis; conhecem-se interferências dos mesmos no espaço que outrora se ignoravam. É notório também o fato de que os astros modificam incessantemente a sua posição nno espaço. Por que então a astrologia leva em conta a influência de uma constelação apenas?

- a astrologia incute mentalidade fatalista e alienante, que deve ser combatida, pois não corresponde aos genuínos conceitos de Deus e do homem.

Comentário: Em todos os tempos, e ainda hoje, está em voga a astrologia ou o horóscopo. Especialmente quando começa o ano civil, as revistas ilustradas pretendem desvendar o futuro na base da astrologia; de resto, todos os dias a imprensa publica o horóscopo, aconselhando ao leitor crédulo o que deva fazer ou evitar. Embora muitas pessoas digam que não acreditam no horóscopo, no seu íntimo não deixam de fazer fé no que lhes é assim recomendado

Eis por que nos voltaremos, nas páginas seguintes, para o fenômeno do horóscopo ou da astrologia, procurando avaliar o seu fundamento e o seu valor.

1. Astrologia ou horóscopo: quanto vale?

1.1. Fundamentos da astrologia
Etimologicamente astrologia significa estudo dos astros. Na linguagem comum designa o estudo na influência dos astros no comportamento dos homens.

Horóscopo (do grego horoskópos) designa a arte de observar (skopein) a posição dos astros por ocasião (hora) do nascimento de uma criança. O momento preciso da natividade e a configuração dos astros são tidos como importantes para descrever-se a futura sorte do indivíduo.

A astrologia e o horóscopo são cultivados desde remotas épocas antes de Cristo, ou seja, desde a civilização dos caldeus da Mesopotâmia, por volta de 2500 a.C. Pode-se explicar o surto dessa "arte" se se leva em conta que a vida humana é cheia de insegurança (nas épocas remotas ainda mais do que em nossos tempos): um dia é feliz e próspero, outro é desgraçado ou sem êxito. Ora essa versatilidade outrora era atribuída a forças superiores que influenciariam a conduta do homem; tais forças eram os astros, que os homens facilmente identificavam com divindades. Destas premissas originou-se o desejo de conhecer de antemão as circunstâncias e ocasiões em que os astros seriam favoráveis ou desfavoráveis ao homem. Conhecendo-as, o homem poderia superar a sua insegurança ou o seu medo, pois se acautelaria contra as más influências dos seres superiores.

Na época em que a astrologia começou a ser cultivada, os estudiosos pouco sabiam a respeito do sistema solar e dos astros em geral; ignoravam as distâncias dos planetas ao Sol ou à Terra; mal conheciam a natureza do Sol, da Lua e dos outros astros. Imaginavam a existência do zodíaco, isto é, de uma faixa ou de um anel que cercaria a Terra; nessa faixa mover-se-iam o Sol, a Lua, os planetas maiores e grande parte dos menores; a circunferência desse anel imaginário (360º) estaria dividida em doze segmentos (cada qual de 30º); em cada um desses segmentos existiria um compartimento chamado "caso do horóscopo"; tais compartimentos teriam um símbolo ou um sinal próprio; os doze símbolos assim concebidos seriam os sinais do zodíaco (do grego zódion, figura de animal ou de vivente), que assim eram (e são) denominados: Carneiro, Touro, Gêmeos (irmãos), Câncer (caranguejo), Leão, Virgem, Balança, Escorpião, Arqueiro (Sagitário), Capricórnio (cabra ou cauda de peixe), Aquário, Peixes. Os sinais do zodíaco, reunidos em grupos de três, correspondem às estações do ano de tal modo que a primavera abrange Carneiro, Touro e Gêmeos...

1.2. A influência real dos astros sobre a Terra

A astronomia é a ciência que trata da constituição e do movimento dos astros sem as conotações filosóficas e religiosas que caracterizam a astrologia. As suas afirmações resultam da observação objetiva e criteriosa dos astros. Ora os astrônomos ensinam que a influência do Sol sobre a Terra é relativamente importante, a da Lua é muito secundária, enquanto a dos planetas é quase nula.

Com efeito. Toda a energia de que dispomos, em última análise, provém do Sol; mesmo o carvão com que se acendem as caldeiras, o petróleo que se consome nos carros e aviões, são produtos fósseis fotoquímicos da energia solar.

Quanto à Lua, é um astro pequeno, cuja massa não ultrapassa 1% do globo terrestre. Não tem luz própria, mas apenas reflete uma parte da luz solar, segundo o albedo 0,073¹. Por causa da sua proximidade em relação à Terra (380.000 km), a Luz provoca o fenômeno das marés (em alto mar, a elevação das águas em alta maré não vai além de 35 cm). Contrariamente ao que pensa o povo, a Lua não exerce influência sensível sobre o tempo e a metereologia.

Os planetas são corpos relativamente frios. O seu brilho resulta unicamente da difusão da luz solar, o seu colorido deve-se às propriedades físico-químicas do respectivo solo ou da sua atmosfera: Marte apresenta-se com a sua coloração de ferrugem porque, através da sua atmosfera muito tênue, percebemos os seus desertos recobertos de poeira avermelhada. Saturno possui uma atmosfera de metano e amoníaco, que absorvem os raios vermelhos da luz solar - o que confere a Saturno uma coloração pálida ou lívida. A energia que provém dos planetas é tão fraca e a distância dos mesmos em relação à Terra é tão grande que a sua influência é praticamente nula¹.

Quanto às estrelas, a energia que a Terra recebe de cada centímetro quadrado de Sirus, a estrela mais clara do céu que vemos, requer 200.000 anos para elevar de um grau Celsius a temperatura de um dedal cheio de água.

Mas não seria possível admitir forças desconhecidas que atuem sobre o planeta Terra?

Sim; é possível. É até mesmo provável que as haja. Todavia é preciso lembrar que as fontes donde podem provir distam da Terra alguns bilhões de anos-luz (um ano-luz eqüivale a 9461 x 10 ¹² km); donde se deduz que tais forças - se existem - não podem exercer influência importante sobre a vida humana.

1.3. E os acertos da astrologia?

Dir-se-á: "Pouco importam os cálculos teóricos. O fato é que as predições dos astrólogos muitas vezes se cumpriram". - "Muitas vezes" é expressão hiperbólica; ademais note-se: não poucas predições de astrólogos são vagas e, por isto, sempre parecem realizar-se justamente porque são imprecisas ou flexíveis². Na verdade, o cumprimento de autênticas predições dos astrólogos se explica ou pela aplicação das leis da probabilidade (de acertos) ³ ou porque o astrólogo, sendo bom psicólogo ou bom parapsicólogo, consegue perceber algo dos traços íntimos ou ocultos guardados no inconsciente da pessoa que o consulta.

Registram-se também erros flagrantes de astrólogos. Por exemplo: repetidas vezes os astrólogos predisseram a morte do presidente Eisenhower, dos Estados Unidos, em data precisa, mas foram sempre desmentidos; não se tem notícia, porém, de que hajam predito o assassínio de John Kennedy. Em 1963, poucas horas antes do golpe mortal contra o presidente Kennedy, foi publicado o livro de famoso astrólogo, no qual se lia: "Acaba de convencer-nos a constelação do presidente Kennedy, que goza de grandes probabilidades de ser reeleito em novembro de 1964". Os Cahiers d'Astrologie (guia dos astrólogos que se dizem científicos) publicaram em seu número de setembro de 1939 a seguinte observação:

"... Este número que aparece nas horas obscuras, pode suscitar paz no leitor, pois a guerra mundial não está inscrita no céu da Europa".

Ora a segunda guerra mundial começou aos 3 de setembro de 1939!

Outro desmentido famoso foi infligido a Gabriel Trorieux d'Egmonde: no fim de 1939, publicou uma série de previsões sobre a guerra em curso, nas quais afirmava espetacular vitória das forças francesas sobre Adolf Hitler, sólida colaboração de franceses e ingleses na luta contra os alemães, a resistência inabalável das tropas belgas aos inimigos germânicos, o extraordinário valor militar do Estado-Maior francês... Ora a realidade foi exatamente oposta: em junho de 1940 a França caía sob os golpes dos alemães, depois que estes haviam invadido a Bélgica... Aliás, diz-se também que Hitler tomava suas decisões de acordo com o oráculo dos astrólogos - o que lhe valeu precipitar a Alemanha na mais atroz catástrofe da sua história!

À vista de tantos desatinos da astrologia, a Sociedade Americana de Estudos Psicológicos e Sociais publicou a seguinte declaração oficial:

"Os psicólogos não vêem indício de que a astrologia tenha valor como indicação do passado ou do futuro para a vida... de alguém. Por conseguinte, esta Sociedade lamenta a adesão de grande parte do público a uma prática mágica que não consta com o mínimo apoio de fatos científicos".

Passemos agora a uma

2. Reflexão final

Três são os principais pontos que, no caso, ocorrem à reflexão do estudioso:

1) A astrologia supõe uma mentalidade mitológica e uma realidade cósmica já superada. A sua ordem origem está na época em que os homens se julgavam totalmente dependentes das forças da natureza; personificavam essas forças e as concebiam como deuses e demônios; adoravam o Sol e a Luz. Os predicados legendários dos deuses do Panteon grego, eles os transferiam aos planetas. O planeta mais belo foi identificado como Vênus e considerado benfazejo. A cor de sangue de Marte levou os astrólogos a qualificá-lo como deus da guerra, da peste e da morte. O planeta majestoso que leva doze anos para percorrer a abóbada celeste, é Júpiter. O último dos planetas conhecidos na antigüidade tem aspecto pálido e sinistro; leva trinta anos para percorrer as constelações do zodíaco, por isto foi chamado Saturno; identificaram-no também com Chronos, o deus que devora seus filhos; por isto aquele bloco de rochas e de gases foi tido como maléfico. Ora todos estes elementos derivados de religiosidade primitiva ainda estão na base da astrologia moderna, que diz ser científica!

2) Na verdade, a astrologia é anticientífica. Com efeito:

- Os pressupostos da astrologia e do horóscopo estão todos ultrapassados. Sim; a astrologia baseia-se na cosmologia geogêntrica de Ptolomeu: conhece "sete planetas" apenas, entre os quais é numerado o Sol! Hoje conhecemos mais planetas e nossa visão do grande cosmo se alterou profundamente, pois passamos do geocentrismo para o heliocentrismo.

- A existência das casas do horóscopo ou dos compartimentos do zodíaco é algo de totalmente arbitrário e irreal.

- Os sinais do zodíaco não são unidades cosmológicas, mas são estrelas separadas umas das outras por vastos mundos ou sistemas.

De modo geral, as figuras, os sinais, as casas, os ângulos com que lida a astrologia, só existem como tais na imaginação do homem. O retângulo da "Grande Urso" só existe na retina do homem e não na realidade do espaço; as estrelas que popularmente parecem próximas e relacionadas entre si, muitas vezes não estão no mesmo plano nem à mesma distância de nós.

- Mais ainda: há cerca de dois mil anos a passagem do Sol pelo ponto vernal (início da primavera) coincida com a entrada do Sol no compartimento correspondente à constelação do Carneiro. Mas verifica-se que o ponto vernal retrocede sobre a eclíptica¹ segundo o ritmo de 50",26 por ano, ou seja, de 30º (um sinal do zodíaco) em 2.150 anos. Nos tempos atuais quando se inicia a primavera, o Sol já ultrapassou a metade da constelação dos Peixes, mas continua-se a dizer que ele então entra na casa do Carneiro. Existe, pois, uma defasagem entre os nomes das pretensas casas do zodíaco e os nomes das constelações correspondentes. Serão necessários 25.790 anos para se restabelecer a coincidência entre essas pretensas casas e as constelações de que tiram o nome.

Com outras palavras: o sinal do Carneiro corresponde hoje não à constelação do Carneiro, mas à constelação dos Peixes. Por conseguinte, a pessoa a quem os astrólogos dizem: "Você nasceu sob o signo do Carneiro!", na verdade foi, ao nascer, irradiada pela constelação dos Peixes. Não obstante, dar-se-lhe-á o horóscopo do Carneiro! Esta verificação por si só evidencia quão pouco científica ou quão anticientífica vem a ser a horoscopia.

- Hoje sabe-se que os astros existentes no cosmo são quase inumeráveis: conhecem-se interferências dos mesmos no espaço e nos planetas que outrora se ignoravam. É notório também o fato de que os astros modificam incessantemente a sua posição no espaço. Por que então a astrologia leva em conta a influência de uma constelação apenas?

- Por último, merece atenção a desigualdade de sortes de crianças nascidas no mesmo lugar e no mesmo instante, até mesmo dos gêmeos. Se os astros regem a vida dos homens, como não a regem uniformemente no caso citado?

É por ser anticientífica (dada à fantasia exuberante e primitiva) que a astrologia não encontra aceitação por parte dos astrônomos ou dos homens de ciência. Estes, ao descobrirem mais e mais a existência, a distância, a composição, as transformações e atividades dos planetas e das estrelas, verificam que as afirmações dos astrólogos são arbitrárias ou mesmo falsas.

3) A astrologia supõe e comunica uma mentalidade fatalista - o que é nocivo ao homem e destruidor da personalidade. Concorre para negar a liberdade de arbítrio do homem e a soberana liberdade de Deus; perturbações mentais, depressões nervosas, inimizades, suicídios..., têm sido a conseqüência da adesão à astrologia. Mais: se Deus criou astros que por si são maléficos, Deus é o autor dos seus malefícios. Observa sabiamente S. Agostinho:

"Os astrólogos dizem: a causa inevitável do pecado vem do céu; Saturno e Marte são os responsáveis. Assim isentam o homem de toda falta e atribuem as culpas ao Criador, àquele que rege os céus e os astros" (Confissões, I, IV, c. 3).

Donde se vê que chegou o tempo de se remover da mentalidade dos homens do século XX a superstição que se chama "astrologia" a fim de fazer que o ser humano se encontre melhor consigo mesmo e com o Criador.

À guisa de bibliografia:

FASBENDER, J., Astrologie, em Sacramentum Mundi I. Freiburg im Breisgau 1967, cols. 356-358.

GAUQUELIN, M., Le dossier des influences cosmiques: caractères et tempèraments, Paris 1923.

LECUREUX, BERNADETTE, Pouvons-nous croire à l'astrologie? em Ecclesia 216, mars 1967, pp. 105-115.

OBERSTATTER, A., Pouvons-nous croire à l'astrologie, em Ecclesia 225, décembre 1967, pp. 67-76.

OMEZ, R., L'occultisme devant la science. Paris 1963.

IDEM, E

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

“Padre pela Vida” denuncia mentira abortista do PT

Questão de saúde pública?

SÃO PAULO, 21 Set. 10 / 06:19 pm (ACI).- Em um vídeo lançado recentemente, o Pe. Berardo Graz, conhecido como o “Padre Pela Vida”, que também é coordenador da Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1 da CNBB, denuncia a mentira do PT, cuja candidata à presidência Dilma Roussef, seguindo o discurso do presidente Lula, pretende considerar o aborto como “assunto de saúde pública” e promover a legalização desta prática anti-vida com a desculpa de salvar a vida de mulheres que morrem ao abortar. Para o Padre Graz, este é só um pretexto para seguir promovendo a agenda do capitalismo abortista de organizações como a Fundação Ford.

O Pe. Berardo denuncia a falsidade do argumento pelo qual está sendo proposta à opinião do pública a descriminalização do aborto. Ele diz que na boca dos políticos, incluindo o Ministro de Saúde, o Presidente Lula e a candidata Dilma Rousseff, o aborto “é uma questão de saúde pública”. “É, mas não nos termos em que está sendo apresentado”, explicou o sacerdote. “É, porque está se matando uma criança”.

Com relação à morte de mulheres, que sustenta a tese pela qual se pretende legalizar o infanticídio no pretexto de evitar a morte de mulheres , o Padre Graz explicou que o aborto é a última causa pela qual as mulheres morrem no Brasil.

Segundo o “Padre Pela Vida” No Brasil morrem mais ou menos 400 mil mulheres por ano. Destas 400 mil, só 1.500 ou 1.600 mulheres, morrem enquanto estão passando por uma gravidez. “Se formos ver o item aborto dentre estas 1.500 só 200 morrem por causa de aborto”. O Pe. Graz faz uma ressalva explicando “Aborto ainda não especificado, porque dentre destas 200, várias morrem por aborto espontâneo”, ou por alguma patologia da reprodução como por exemplo a gravidez ectópica. “Na realidade vitimas de morte por aborto clandestino ou aborto provocado não chegam a 100, ou até menos”, assevera o sacerdote, assegurando que “dentre todas as causas de morte de mulheres, o aborto é a última”.

No entanto, o sacerdote alerta para o fato de que se está colocando esta causa no topo da lista de causas de mortalidade das mulheres porque “esta é a estratégia que a Conferencia do Cairo, a Conferencia de Pequim sugeriram para fazer aceitar o aborto por parte da opinião pública”.

O Padre Graz ressalta que desde o começo dos anos 90 o Relatório da Fundação Ford, que é uma das fundações norte-americanas que estão difundindo o aborto no mundo inteiro por interesses do capitalismo internacional, vem buscando introduzir o aborto como causa de morte materna, quando estas são pouquíssimas.

Depois de relatar que o governo do PT está seguindo à risca esta agenda do relatório Ford, “sendo serviçal dos interesses do capitalismo internacional no controle demográfico”, o padre Berardo alerta para o perigo de introduzir o aborto como um suposto direito sexual e reprodutivo: “Dizer que a mulher tem direito de matar o seu próprio filho, sem considerá-lo como um outro indivíduo, uma outra pessoa, é ir contra a própria natureza”.

“Na realidade esta luta para introduzir o aborto na nossa sociedade” é “uma luta para desacreditar aqueles que são os princípios da lei natural”, concluiu o “Padre pela Vida”.

Para assistir o vídeo com o posicionamento do Padre Berardo, e o alerta que ele faz sobre a participação do Partido dos Trabalhadores nos interesses do capitalismo internacional, visite:


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terça-feira, 5 de outubro de 2010

“Quantas vezes devo perdoar?”(Mt 18,21)

O perdão é um dos maiores meios para obtermos a cura e a libertação. Você quer ser curado? Perdoe!

Todos nós, uns mais, outros menos, trazemos alguma mágoa, rancor ou ressentimento represados em nossos corações. Esses sentimentos, uma vez instalados em nosso interior, podem trazer sérias conseqüências para nosso ser.

O perdão é fundamental para quem deseja a cura. Através do perdão curas diversas podem acontecer. Nosso corpo, nossa mente e nossa alma são intimamente ligados. Quando um sofre, os outros sofrem também. Quando a nossa alma está abatida o nosso corpo e a nossa mente sentem o abatimento. Quando nossa mente está deprimida logo o nosso corpo fica sem apetite e nossa alma desfalece.

Como pudemos ver acima, existe uma ligação profunda em nosso ser total: corpo, alma e mente. Se mexermos com um, estaremos mexendo com os outros. Se tocarmos em um, estaremos tocando nos outros. Não tem como separar. Mas, porque é que estamos falando sobre isso? Estamos falando sobre isso para compreendermos melhor a gravidade que é guardarmos sentimentos ódio, raiva, rancor, em nossas mentes. Quando arquivamos ou guardamos esses sentimentos em nossas mentes, sem dar o perdão a quem nos feriu, sem dúvida alguma, esses sentimentos também atingirão o nosso corpo em formas de doenças diversas, e a nossa alma em arrefecimento, declínio e perca da fé.

“Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão?” Pedro fez uma pergunta bastante delicada a Jesus: “Quantas vezes devo perdoar?” “Quantas vezes eu devo usar de misericórdia com quem me ofender?” “Sete vezes é suficiente, Senhor?”

Quantas vezes, caro leitor, você consegue perdoar? Você consegue perdoar sete vezes a mesma pessoa que te machucou?

Pedro perguntou a Jesus se perdoar sete vezes seria o bastante. Qual foi, então, a resposta de Jesus? Não, Pedro! Sete vezes, não. Eu não quero que você perdoe sete vezes.

“Não te digo até sete vezes”(Mt 18,22). Acho que quando Jesus deu essa primeira resposta a Pedro, ele respirou tranqüilo e disse: ainda bem Senhor!!! Mas Jesus disse a ele: espere ai Pedro, eu ainda não terminei a resposta: “Não te digo até sete vezes... mas até setenta vezes sete!”(Mt 18,22). Acho que Pedro nesse momento engoliu a seco. Na verdade, Jesus, ao nos ensinar o jeito de perdoar(sempre!), estava também nos dando a fórmula de prevenir as doenças do nosso corpo e da nossa alma, pois uma mente cheia de rancor, ódio, vingança, é sinal de um corpo enfermo e de uma alma fria e sem vida.

“Setenta vezes sete!” Eis a grande conta que cura e liberta. O perdão é o antídoto que previne nossa mente, corpo e alma de adoecerem. Ao ensinar a Pedro que o perdão deveria ser dado setenta vezes sete, Jesus quis dizer que o perdão deve ser dado sempre, não importando se o que fizeram conosco foi grave ou não. O que o Senhor quer é que perdoemos, pois o ressentimento é um veneno mortal que bebemos querendo que o outro morra.

Outra coisa importante é saber separar o perdão dos sentimentos feridos. O perdão é uma coisa e o sentimento ferido é outra. Quando alguém te ferir, te machucar, te trair, te humilhar, etc, saiba separar as coisas. O perdão você dá a pessoa que te feriu, e os sentimentos de ódio, mágoa, decepção, desamor, orgulho ferido, você entrega a Jesus, em oração, para que ele possa curar-te. O perdão, portanto, é uma decisão. Ele não se baseia em sentimentos. O perdão é dado a quem nos ofendeu, e os sentimentos feridos são dados a Jesus para que os cure. E é aqui que entra a cura interior. A cura interior é o processo em que passamos diante de Jesus todas as nossas feridas interiores para que ele as cure. Quando cultivamos esses sentimentos em nossos corações, sem levar a Jesus, para curá-los, fiquemos certos de que as conseqüências virão, mais cedo ou mais tarde, em forma de doenças no corpo e na alma. Quer ser mais imune as doenças do corpo, como o câncer, diabetes, hipertensão, depressão, gastrite? Quer ser mais resistente as enfermidades da alma, como a frieza espiritual e o arrefecimento da fé? Perdoe! O perdão é cura para o corpo e para a alma. Nesse terceiro dia, quero convidar você a perdoar todos aqueles que, durante a trajetória de tua vida, te feriram e te machucaram. Você deseja perdoar? Quer tomar hoje essa decisão?

Fonte: "NOVENA PESSOAL DE CURA E LIBERTAÇÃO", de André Farias

“Vou arrebentar tuas correntes”(Nau 1,13)

“Agora!” É assim que começa o texto da tradução da CNBB. Esta afirmação “agora” é pronunciada pelo próprio Deus e, portanto, digna de crédito. Observemos também que o verbo “agora” não está no futuro nem tão pouco no passado, e sim, no presente: “agora!”. Sendo “agora”, essa promessa Bíblica não foi para ontem, nem o é para amanhã, mais para hoje! Para esse instante! Você está preparado? Quer tomar posse dessa promessa? Então vá se preparando porque o Senhor “é eternamente fiel à sua palavra”(Sal 145,6; trad. Ave Maria). Ele há de cumpri-la hoje em tua vida.

“Agora vou quebrar aquela canga que pesava em teus ombros”. Essa é uma grande promessa de libertação para nós. O Senhor quer quebrar todas as cangas ou jugos impostos por satanás sobre nós. O inimigo de Deus, e também nosso inimigo - pois somos filhos de Deus – avia nos acorrentado em toda espécie de pecados e vícios, mas, unicamente por amor, “Cristo morreu por nós”(Rom 5,8). Deus, portanto, “nos arrancou do poder das trevas e nos introduziu no Reino de seu Filho muito amado”(Col 1,13). Não há mais motivos para vivermos no pecado e nas impurezas. E hora de dar um basta!

“Vou quebrar aquela canga”. A canga ou jugo é uma ‘peça de madeira que prende os bois pelo pescoço e os liga ao carro ou arado’ (Mini Aurélio). Você percebeu? A canga é uma peça que prende! Meu irmãozinho, reflitamos juntos: quantas coisas há que nos prende! Que nos aprisionam! Que não nos deixa livres para seguir o Senhor! Porém, não nos entremos ao desespero, pois o Senhor quer hoje nos libertar do jugo do inimigo. Ele quer agora “quebrar a canga” que pesa sobre nossos ombros. No entanto, para que esta libertação surta o efeito desejado, é preciso haver, de nossa parte, uma profunda renúncia dos pecados, dos vícios e do maligno. Você quer ser livre? Você deseja ser inteiramente do Senhor(Deu 18,13)?

“Vou arrebentar tuas correntes”. Quantas correntes colocadas por satanás têm aprisionado os filhos de Deus: Masturbação, adultério, pornografia, alcoolismo, drogas, etc, para citar só algumas. O inimigo tem trabalhado arduamente para aprisionar mais e mais pessoas em suas correntes diabólicas. Mas eis a Promessa: “Vou arrebentar tuas correntes”. Eu vou te libertar! Eu te quero livre! – diz o Senhor. Se você quer essa liberdade, se desejas ser livre de toda dependência, esse é o momento. “Agora” é o momento! É promessa de Deus! Abra o seu coração e se entregue ao Senhor agora!

Fonte: "NOVENA PESSOAL DE CURA E LIBERTAÇÃO", de André farias

Vinde a Mim...

Jesus nos faz um convite: “Vinde a mim”. Esse é um dos primeiros passos de quem busca a cura e a libertação: ir até Jesus! Ir até Jesus, significa um esforço de nossa parte. Ir até Jesus, significa sair do comodismo. Ir até Jesus, significa também, que só ele pode fornecer a cura que almejamos.

“Vós todos que estais aflitos”. Jesus, nessa passagem, convida para junto de si todos aqueles que passaram ou estão passando por aflições. Você está aflito? Você passou ou está passando por grandes aflições? Se a sua resposta for sim, então essa palavra é para você!

“Eu vos aliviarei”. Eis aqui a amorosa promessa do Senhor: “Eu vos aliviarei”! O Senhor, Nosso Deus, quer nesse primeiro dia, trazer o alívio para tua alma. Ele diz: “Vinde a mim, eu sou o teu Deus! Eu posso te curar. Eu quero te curar!!! Confias em mim? Acreditas que posso fazê-lo? Se creres, dá-me, pois, o teu coração, porque desejo hoje restaurá-lo. Quero nele entrar e fazer uma obra nova. Quero dar-te hoje o alívio que necessitas. Quero dar-te a minha PAZ. Estais disposto?”

Em outra tradução da Bíblia encontramos: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos...”. Quantos e quantos irmãozinhos estão justamente dessa forma: “cansados e carregados de fardos”. Jesus sabe de teu cansaço, ele sabe quantos fardos tens suportado. Fardos esmagadores! Sim, ele o sabe!!!

Hoje, (creia no que afirmo baseado em Sua Palavra) ele, o Senhor, quer te erguer; quer te levantar; quer te dar um novo ânimo através do Seu Espírito. Ele pode Fazê-lo. Ele pode cumprir essa promessa. Ele é fiel ao que diz. Basta que acredites.

“Achareis o repouso para as vossas almas”. Em Jesus nós podemos descansar. Em Jesus nós podemos repousar. Ele é bastante claro: “achareis o repouso”! Você está cansado? Você está sobrecarregado? Você se sente esmagado pelas situações que tem enfrentado? Veja o diz Jesus para ti: Vinde a mim, pois quero dar-te o alívio que precisas. “Descansa em mim ‘porque darei abundância àquele que estava esgotado e saciarei todo aquele que desfalecia’(Jer 31,25)”.

Jesus é o Bom Pastor que deseja restaurar as forças de tua alma (Sal 22,3). Desejas hoje, do fundo de teu coração, ser restaurado de tuas aflições e cansaços?

Fonte: "NOVENA PESSOAL DE CURA E LIBERTAÇÃO", de André Farias

Deus nos chama

“Ainda que o homem esqueça seu Criador ou se esconda longe de sua Face, ainda que corra atrás de seus ídolos ou acuse a divindade de tê-lo abandonado, o Deus vivo e verdadeiro chama incessantemente cada pessoa ao encontro misterioso da oração”(C.I.C 2.567)

Que maravilhoso ensinamento este do Catecismo da Igreja! Ele diz que é o próprio Deus vivo e verdadeiro que nos chama ao encontro com Ele na oração. Ele dá o primeiro passo. Ele toma a iniciativa. Convida-nos a oração. Ele “tem sede de que nós tenhamos sede dEle” (Santo Agostinho). “A oração, quer saibamos ou não, é o encontro entre a sede de Deus e a nossa” (C.I.C 2.560).

O Catecismo nos mostra toda a dignidade do ser humano: “De todas as criaturas visíveis, só o homem é capaz de conhecer e amar seu Criador; ele é a única criatura na terra que Deus quis por si mesma; só ele é chamado a compartilhar, pelo conhecimento e pelo amor, a vida de Deus. Foi para este fim que o homem foi criado...” (C.I.C 356). Vemos aqui o porquê e para quê o homem foi criado: compartilhar a vida de Deus. A oração é, concretamente, partilha e participação na vida de Deus. É “estar habitualmente na presença do Deus três vezes Santo e em comunhão com Ele” (C.I.C 2.565). A oração é “a relação viva dos filhos de Deus com seu Pai infinitamente bom, com seu filho, Jesus Cristo, e com o Espírito Santo” (C.I.C 2.565). É justamente para esta experiência de amor que todos são chamados por Deus.

A oração “é a ação de Deus e do homem” (C.I.C 2.564). Ambos buscam um ao outro, sendo que Deus sempre toma a iniciativa: “Se o homem pode esquecer ou rejeitar a Deus, este, de sua parte, não cessa de chamar todo homem a procurá-lo, para que viva e encontre a felicidade” (C.I.C 30). O Documento Conciliar Gaudium et Spes, sobre a Igreja no mundo de hoje, nos diz que: “A razão mais sublime da dignidade do homem consiste na sua vocação à união com Deus. É desde o começo da sua existência que o homem é convidado a dialogar com Deus: pois, se existe, é só porque, criado por Deus por amor, e por Ele, por amor, constantemente conservado; nem pode viver plenamente segundo a verdade, se não reconhecer livremente esse amor e se entregar ao Criador” (GS 19). Infelizmente tem acontecido algo muito trágico: “muitos de nossos contemporâneos não atendem a esta íntima e vital ligação a Deus, ou até a rejeitam explicitamente” (GS 19). Precisamos, diferentemente de alguns contemporâneos, corresponder ao deus Pai que nos chama ao seu encontro. Se o mundo em boa parte o rejeita, unamo-nos a Ele, pois só nEle há a verdadeira felicidade que o nosso coração anseia.

André Farias

Oração: uma conversa com Deus

Certa vez uma moça pediu a um padre que fosse à sua casa fazer uma oração por seu pai que estava muito doente. Quando o padre chegou achou o enfermo deitado e uma cadeira ao lado da cama. O padre achou que o doente estava esperando por ele. –O senhor estava me esperando? –Eu não senhor. Quem é o senhor? Respondeu o homem –eu sou o padre que sua filha chamou para que fizesse oração com o senhor. Quando vi esta cadeira do lado da cama pensei que o senhor sabia que eu vinha e estava me esperando. –há, sim, a cadeira, disse o doente. Poderia me fazer o favor de fechar a porta? O padre fechou. –Nunca contei isto para ninguém, mas... Passei toda a minha vida sem saber orar. Quando ia à Igreja ouvia sempre dizer que é preciso fazer oração mas eu nunca me dei bem com isso. Não sabia como fazer. Por isso, faz muito tempo, abandonei por completo a oração. Assim foi até que uns quatro anos atrás quando, conversando com um amigo, ele me disse: -José, orar não é mais do que ter uma conversa com Jesus. Você pode fazê-la a hora que quiser no lugar que estiver, mas faça o seguinte: sente-se numa cadeira e coloque outra cadeira na sua frente. Depois, com fé, olhe para Jesus, sentado à sua frente. Não é coisa de doido, não; Ele mesmo disse que estaria conosco. Aí você conversa com Ele da mesma forma que está fazendo comigo... Foi assim que eu fiz e gostei tanto que, a partir daquele dia, continuei fazendo oração duas horas por dia, mas sempre com muito cuidado para minha filha não ver e não achar que estou ficando maluco.

O padre sentiu uma grande emoção ouvindo isto e disse a José que tudo isso era muito bom e que deveria continuar sempre assim. Fizeram juntos uma oração, deu-lhe os Santos Óleos e a benção e voltou para a igreja. Dois dias depois a filha de José chamou o padre e lhe disse com lágrimas nos olhos que seu pai havia falecido. O padre perguntou: - Você presenciou, foi uma morte tranqüila? A filha respondeu com muita emoção: -Não presenciei, mas foi uma morte bem tranqüila sim. Quando voltei do mercado ele tinha falecido. Mas tem uma coisa estranha na sua morte: tudo indica que, antes de morrer, se aproximou da cadeira e descansou a cabeça sobre ela. Foi assim que o encontrei, deitado com a cabeça na cadeira sorrindo. Por que será? O padre não teve palavras, somente enxugou as lágrimas que caíram de seus olhos!

A oração, como nos ensina essa belíssima história, é uma conversa com o Senhor. É um diálogo com nosso maior e melhor amigo: Jesus Cristo. Não tenha receio de colocar a cabeça no colo do Senhor. Ele é o teu Consolo e o teu Abrigo.

André Farias

Gigantescas Muralhas

Muitos cristãos hoje em dia, tem rejeitado e abandonado a vida de oração. Por outro lado, muitos fatores tem contribuído para isso. A falta de tempo e de fé, a tibieza e a decepção de não ser atendido, o conceito errado do que é oração etc, são algumas das barreiras que impedem o homem de chegar a Deus pela oração. Precisamos mais do que nunca remover essas barreiras e muralhas para estar com o Senhor. Não podemos deixar que as coisas deste mundo nos sufoquem e nos distanciem do nosso Pai. Como atletas de Cristo devemos superar essas muralhas espirituais que surgem a cada dia. “Mesmo enfermo diga: eu sou guerreiro” (Joe 4,10). Eu sou soldado de Cristo. A oração, como diz o Catecismo, “é um combate contra nós mesmos e contra os embustes do Tentador que tudo faz para desviar o homem da oração, da união com seu Deus” (C.I.C 2.725). Neste combate da oração, “devemos enfrentar, em nós mesmos e à nossa volta, concepções errôneas da oração. Algumas vêem nela uma simples operação psicológica; outras, esforço de concentração para chegar ao vazio mental. Algumas a codificam em atitudes e palavras rituais. No inconsciente de muitos cristãos, rezar é uma ocupação incompatível com tudo o que eles devem fazer: não têm tempo. Os que procuram a Deus pela oração desanimam depressa, porque ignoram que a oração também procede do Espírito Santo e não apenas deles.

Devemos também enfrentar mentalidades deste mundo que nos contaminam se não formos vigilantes, por exemplo: a afirmação de que o verdadeiro seria apenas o que é verificado pela razão e pela ciência (rezar, pelo contrário, é um mistério que ultrapassa nossa consciência e nosso inconsciente); os valores de produção e rendimento (a oração, sendo improdutiva, é inútil); o sensualismo e o bem-estar material, considerados como critérios da verdade, do bem e da beleza (a oração, porém, ‘amor da beleza’[filocalia], é enamorada da glória do Deus vivo e verdadeiro); em reação contra o ativismo, a oração é apresentada como fuga do mundo (a oração cristã, no entanto, não é um sair da história nem está divorciada da vida).

Enfim, nosso combate deve enfrentar aquilo que sentimos como nossos fracassos na oração: desânimo diante de nossa aridez, tristeza por não ter dado tudo ao Senhor, por ter ‘muitos bens’ (Mc 10,22), decepção por não ser atendidos segundo nossa vontade própria, insulto ao nosso orgulho (o qual não aceita nossa indignidade de pecadores), alergia à gratuidade da oração etc. A conclusão é sempre a mesma: para que rezar? Para superar esses obstáculos é preciso lutar para ter a humildade, a confiança, a perseverança” (C.I.C 2.726-28).

Como podemos observar acima, existe toda uma conspiração para nos afastar da vida de oração e, conseqüentemente, do próprio Deus. Devemos, portanto, lutar contra todos esses obstáculos, como disse o Catecismo, através da humildade, confiança e perseverança. Entremos, pois, no combate da oração!

André Farias

Jesus, Mestre da Oração

“Jesus ora antes dos momentos decisivos de sua missão: antes de o Pai dar testemunho dele por ocasião do Batismo (Lc 3,21) e da Transfiguração (Lc 9,28) e antes de realizar por sua Paixão o plano de amor do Pai (Lc 22,41-44). Ora também antes dos momentos decisivos que darão início à missão dos Apóstolos: antes de escolher e chamar os Doze (Lc 6,12), antes que Pedro o confesse como Cristo de Deus (Lc 9,18-20) e para que a fé do chefe dos apóstolos não desfaleça na tentação (Lc 22,32). A oração de Jesus antes das ações salvíficas que realiza a pedido do Pai é uma entrega, humilde e confiante, de sua vontade humana à vontade amorosa do Pai” (C.I.C 2.600)

O Catecismo deixa claro que “em toda a sua vida, Jesus mostra-se como nosso modelo” (C.I.C 520). E de uma forma especial, “Ele é o Mestre de nossa oração” (C.I.C 2.765).

“Um dia, num certo lugar, estava Jesus a rezar. Terminando a oração , disse-lhe um de seus discípulos: Senhor, ensina-nos a rezar...” (Lc 11,1)

Percorrendo a vida de Jesus podemos perceber que por trás de cada ação sua está à oração. Ele reza a todo o momento. Ora sem cessar. Não se cansa de estar na presença do Pai. “Muitas vezes se retira, na solidão, na montanha, de preferência à noite, para orar” (C.I.C 2.602). “Não é antes de tudo contemplando seu mestre orar que o discípulo de Cristo deseja orar? Pode então aprender a orar do Mestre da oração. É contemplando e ouvindo o Filho que os filhos aprendem a orar ao Pai” (C.I.C 2.601). Se Jesus é, portanto, o nosso Mestre da oração, precisamos tal qual o discípulo pedir-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar” pois não sabemos “orar como convém” (Rom 8,26).

O Catecismo diz que ”ao orar, Jesus já nos ensina a orar” e “como pedagogo, Ele nos toma onde estamos e, progressivamente, nos conduz ao Pai” (C.I.C 2.607). “Jesus ensina seus discípulos a orar com um coração purificado, uma fé viva e perseverante, uma audácia filial. Incita-os à vigilância e convida-os a apresentar a Deus seus pedidos em seu Nome” (C.I.C 2.621). Jesus é, sem dúvida, como afirma o Catecismo da Igreja Católica, o nosso Grande Mestre da oração. Se quisermos ser homens e mulheres de oração devemos então pedir, clamar e imitar ao Senhor Jesus. Trilhemos, portanto, por esse itinerário que é a vida de Cristo.

André Farias