quinta-feira, 13 de maio de 2010

Maria, a Mãe de Deus e a Imaculada Conceição de Maria

Maria, a Mãe de Deus

O fato de que Maria é a Mãe de Deus é meramente lógico:

Uma mulher que dá à luz a um filho é a mãe desse filho +
Maria deu à luz a Jesus = Maria é a Mãe de Jesus

Maria é a mãe de Jesus+Jesus é Deus (é uma Pessoa Divina - 2ª Pessoa da Santíssima Trindade)=Maria é a Mãe de Deus

Ou, simplesmente, podemos ler na Bíblia:

Lucas 1,42-43: "Com um grande grito, exclamou: 'Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre! Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite?'"

Agora, mais um pouco de lógica:

Maria é "a mãe do meu Senhor"+O Senhor é Deus=Maria é "a Mãe do meu Deus"

Para contradizer esta verdade é necessário afirmar que Jesus não é Deus ou dizer que Maria não deu à luz a Jesus.

Algumas denominações protestantes evitam chamar Maria de Mãe de Deus porque eles acham que isso a coloca no mesmo nível de Deus [como se ela fosse uma deusa]. Ao invés, eles preferem dizer que ela era a mãe do "homem Jesus Cristo". Isto, porém, trai a verdade e coloca a teologia protestante num dualismo previsível. Cristo Jesus é UMA pessoa e não duas. Ele é UMA pessoa que possui duas naturezas: é inteiramente humano e inteiramente divino. As duas naturezas, contudo, são unidas em UMA só Pessoa. Podemos dizer que as nossas mães são mães da nossa "natureza"? Não, mas simplesmente dizemos que elas são nossas mães - de nós, como pessoas. Eu não estou dizendo que Maria gerou ou deu vida à natureza divina de nosso Senhor, uma vez que ele é UMA Pessoa e não duas. A Segunda Pessoa da Santíssima Trindade "se fez carne" - isto é o que chamamos de "encarnação" (do latim caro que significa carne. De onde ele obteve a carne? Se Jesus é Deus e Maria é Sua mãe, como é logicamente possível dizer que Maria não é a Mãe de Deus?

V. A Imaculada Conceição de Maria

Comecemos com as objeções... A posição protestante pode ser resumida da seguinte forma:

Não há qualquer suporte bíblico para se falar de Maria. Paulo afirma em sua carta aos romanos que "não há nenhum justo, nem um sequer: todos pecaram e estão privados da glória de Deus". Logo, se Maria nasceu sem pecado, não precisava de nenhum Salvador, pois ela estaria salva por si mesma.
Para começar, há evidência escriturística para a pureza única de Maria (imaculada conceição) - basta comparar a Arca da Aliança que guardava os Dez Mandamentos e Maria como a Arca da Nova Aliança e como a porta (v. parte I, item b).

Porém, a objeção mais comum é o uso das palavras de Paulo, de que "todos pecaram". A palavra usada para "todos", na versão original em grego, que é a linguagem utilizada por Paulo, é "paz". Tal termo, entretanto, não tem caráter exclusivista, que não admita exceção, mas tem o significado de "esmagadora maioria". Podemos ver na Bíblia outros exemplos em que a palavra "todos" é usada, mas claramente admitindo exceção:

"Pessoalmente estou convicto, irmãos, de que estais cheios de bondade e repletos de TODO conhecimento e em grau de vos poder admoestar mutuamente" (Romanos 15,14).
Neste texto, "todo" certamente não significa "sem exceção alguma". Se havia todo conhecimento, sem exceção, então os romanos teriam TODO o conhecimento de Deus! Como esta última objeção, também não é verdade de que Maria, tendo nascido sem mancha do pecado original, não precisaria de um Salvador. A redenção vem da cruz de Cristo, inclusive para Maria. Ele não nasceu sem pecado por seu próprio mérito, mas por um ato de misericórdia da parte de Deus. Se acreditamos que Jesus nos salva do pecado e da morte mesmo depois de termos cometido pecados pessoais, porque deveríamos negar a idéia de que Ele salvou a mulher que escolheu para ser a Sua Mãe do pecado e da morte antes mesmo do seu nascimento? A imaculada conceição de Maria produziu-se pela graça da Cruz e não por qualquer coisa que ela tenha feito ou por poder próprio dela. Maria de maneira nenhuma é uma Salvadora. Porém, ela é a Mãe do Salvador e, como tal, precisava ser tão pura quanto possível.

Nossa fé está repleta de exemplos da obra de Deus em formas misteriosas e miraculosas, alimentando Seu povo no deserto, concedendo filhos àquelas que são incapazes de engravidar, curando os doentes, ressuscitando os mortos, recebendo carne e tornando-se homem... Observe que, em vista de tudo isso, porque nos seria difícil acreditar que Deus misticamente aplicou os méritos e graças obtidos no Calvário à Sua Mãe, já que ela foi digna o possível para ser a Arca da Nova Aliança, a Mãe de Deus? Nós sabemos que, já que Ele é Deus, ele é capaz de fazer isto se assim o quiser. A única questão que fica remanescente é: "qual a probabilidade de Deus ter desejado para a mulher que escolheu para trazer Jesus Cristo ao mundo ter sido tão pura e merecedora de uma graça que nenhum outro ser humano poderia ter?". Talvez soe melhor fazendo uma declaração negativa: "qual a probabilidade de Deus ter permitido que Jesus Cristo viesse à carne, sendo nutrido por nove meses num ventre ou tendo nascido ou sido amamentado e educado por uma mulher corrompida pelo pecado original?".



Fonte: Site "The Bible Defends Catholic Church!". Tradução de Carlos Martins Nabeto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário